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COLAGENS PARA
O FUTURO

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Convidamos a artista visual Daisy Serena para produzir uma série de colagens intituladas “Colagens para o futuro”.  O trabalho foi impulsionado pela apreciação estética das obras do projeto cruzadas com provocações oriundas da ideia de Amor Catastrófico - inspirada na proposição do filósofo afro estadunidense Cornell West , que Luciane Ramos Silva vem pesquisando e que serviu de base para o projeto como um todo. Daisy nos conta: 

A  série de artes intitulada "colagens para o futuro" foi feita a partir de registros fotográficos que também realizei - em sua maioria - de apresentações ou ensaios dos espetáculos “Na Fresta da certeza, o vermelho escuro” e "BRITA: Lugares vermelhos e invisíveis para existir", além da série de colagens  inicial feita como identidade visual para o projeto.

 

As artes possuem um elo característico que as une, que é o desejo de mostrar nossa corporalidade a partir de suas potências de vida junto a um flerte com a ficção especulativa e a ficção fantástica. Me parece importante trazer novos imaginários principalmente para (ou a partir do) o corpo preto atravessado pela colonialidade de modo violento e exposto como esse fosse seu "traço mais marcante"; quando, na realidade, ser acometido externamente por violência não faz disso o traço de um corpo, faz parte de um ponto de sua abrangente história e subjetividade.

 

Fazer essas colagens com essa perspectiva foi também me apropriar da fala de Cornel West, quando ele diz " blues responde compaixão sem beber do cálice da amargura", quando ele fala que a população preta poderia ter escolhido - apenas - a vingança quando foi ( e segue sendo) linchada, mas escolhemos ser o fermento do pão, escolhemos também estar com integridade nos lugares em que são nosso, para a disputa, para a potência e também para dizer o que é beleza e o que é futuro em sua multiplicidade

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